O processo de cognição do homem é baseado em modelos. Os modelos podem ser poéticos, dialéticos ou analíticos dedutivos, pouco importa. O relevante é que não é possível pensar o novo a partir do nada. Logo, diante da novidade, buscamos algo semelhante para servir de molde e, a partir daí, iniciarmos a compreensão.
A falta de "molde" gera duas consequencias.
A primeira é que sem modelos simplesmente não vemos o que está ao nosso lado. Por exemplo, há estudos que confirmam que os índios da época do descobrimento não viram as caravelas chegando. Afinal, na mente deles não havia o "molde" barco, navio etc. que serveria de apoio para ver as embarcações.
O segundo efeito é que mesmo identificando o novo, mas não havendo moldes resolúveis, portanto, o que nos resta é inventar um modelo. Noutros termos, não descobrindo o standard correto para um dado caso, inventamos um. Assim, quando vemos, por exemplo, um religioso ultra-ortodoxo e não entendemos sua cultura, no fundo, trata-se da constatação que aquele padrão não se encaixa em nosso molde ocidental. Daí que, a primeira reação é o preconceito, o molde deformado.
Posso estar completamente enganado, mas deixo aqui registrada minha hipótese: quando nos adequamos aos padrões de um grupo, o que estamos a pretender é ser visto, compreendido, reconhecido e, claro, aceito neste grupo. Mesma roupa ou mesma linguagem etc. são padrões que comunicam com os moldes de cognição dos outros.
O medo não é apenas chegar vestido de Robin na reunião de executivos. Noutro giro, ir de terno e gravata no baile de máscaras. O temor é saber que este "molde" pode não ser identificado pelos outros ou dar azo ao preconceito.
A falta de "molde" gera duas consequencias.
A primeira é que sem modelos simplesmente não vemos o que está ao nosso lado. Por exemplo, há estudos que confirmam que os índios da época do descobrimento não viram as caravelas chegando. Afinal, na mente deles não havia o "molde" barco, navio etc. que serveria de apoio para ver as embarcações.
O segundo efeito é que mesmo identificando o novo, mas não havendo moldes resolúveis, portanto, o que nos resta é inventar um modelo. Noutros termos, não descobrindo o standard correto para um dado caso, inventamos um. Assim, quando vemos, por exemplo, um religioso ultra-ortodoxo e não entendemos sua cultura, no fundo, trata-se da constatação que aquele padrão não se encaixa em nosso molde ocidental. Daí que, a primeira reação é o preconceito, o molde deformado.
Posso estar completamente enganado, mas deixo aqui registrada minha hipótese: quando nos adequamos aos padrões de um grupo, o que estamos a pretender é ser visto, compreendido, reconhecido e, claro, aceito neste grupo. Mesma roupa ou mesma linguagem etc. são padrões que comunicam com os moldes de cognição dos outros.
O medo não é apenas chegar vestido de Robin na reunião de executivos. Noutro giro, ir de terno e gravata no baile de máscaras. O temor é saber que este "molde" pode não ser identificado pelos outros ou dar azo ao preconceito.